sexta-feira, 26 de março de 2010

Um monstrinho fashion!

Sabe, vez ou outra ando garimpando sangue novo pela net e eis que me deparo com esse monstrinho fashion do qual arrebatou meu coraçãozinho de desenho instantaneamente!

O nome do mais novo "bafo-fo" na blogsfera se chama Tavi Givenson, uma meninota de apenas 13 anos que anda "causando" por aí, inclusivo conquistando a primeira fila dos desfiles mais disputados com sangue, se preciso for, no mundo fashion!

AGORA BABA!

Vocês conseguem imaginar uma menina de 13 anos e que, em menos de dois anos se tornou a maior celebridade virtual? E que tal, uma garota que, estuda numa escola, no subúrbio de Chicago e assiste, na primeira fila, desfiles de Marc Jacobs e Dior? Morram de inveja! rs
A garota é dona do blog Style Rookie, um cantinho muito aconchegante e cheio de estilo (com certeza, vale a visita). Quando a vi pela primeira vez (numa matéria de DUAS capas na revista Criativa), a achei um pouco “confusa” no assunto moda (pois ela faz várias misturas com estampas e texturas) mas ela prova que tem um senso crítico muito apurado e veio pra ficar. A menina tem estilo!

Tavi tem um estilo excêntrico e esperto, adora roupas vintage e já apareceu nas capas das descoladas revistas Pop (da qual virou blogueira) e Love. Ela é dona do Style Rookie (algo como “Estreante em Estilo”), que nasceu no início de 2008 e fala de cinema, música, fotografia e, claro, moda. Ela virou queridinha da marca americana Rodarte, assinou uma reportagem para a edição de janeiro da badalada Harper´s Bazaar e já estreou sua versão designer vendendo uma camiseta de algodão orgânico em seu blog. Com personalidade e estilo fortes para uma menina tão jovem, Tavi é hoje o centro de uma polêmica que varreu a blogosfera depois da semana de alta-costura de Paris.
Como um blogueiro foi parar ao lado de Anna Wintour na fila A? Jornalistas de moda renomados escreveram artigos tentando responder como as cobiçadas cadeiras foram tomadas por pessoas que passaram de expectadores a críticos de uma temporada para outra. Foi o que aconteceu com Tavi, a menina prodígio que despontou com looks superelaborados e um olhar apurado sobre as criações do mundo fashion - visão que rende textos divertidos e imagens certeiras em seu site. Como resultado, ela coleciona 4 milhões de acessos mensais, além de bons amigos na indústria da moda e de desavenças com nomes tarimbados como os que recheiam o artigo do jornal britânico The Independent, que critica o movimento entre web e passarela.
A discussão começou depois que Paula Reed, diretora de estilo da revista britânica Grazia, postou no Twitter as imagens do último desfile da Dior, que via através do imenso chapéu em forma de laço que Tavi usava sentada à sua frente. Sobre o controverso acessório (que ganhou do designer Stephen Jones), ela alfinetou em seu blog dizendo que é pequena e com ele ficava do tamanho dos adultos.


 O que me choca, algumas vezes, quando vejo Tavi, é que a moça não se priva de usar saltos enormes (mesmo sendo um pouco nova pra isso) e isso às vezes é um pouco estranho para meus olhos, afinal, ele parece mesmo uma criança (e o é). Tavi segue tanto a moda que, depois que os cabelos “grisalhos” viraram febre, a moça não perdeu tempo e tratou de dar um jeito no seu.


Tavi encarnou o valor dos escribas virtuais de moda e, do alto de seu carão juvenil, arrebatou o olhar da mídia especializada para tratar da questão blogueiros versus editores. A personagem central dessa polêmica ouve Bob Dylan, desenha estampas, publica centenas de referências arrancadas de páginas de revista, adora as botonas da Doc Martens e no futuro quer ter uma banda ou uma revista, como disse ao The Fashion Informer. Ela mata aula para rodar as capitais da moda (ela já foi para Nova York e Paris com o pai a tiracolo) e mostra desenvoltura invejável nos quesitos da fashionland, seja para compor seus looks irreverentes ou para se impor contra os dragões de saias e botas.
Ela é articulada, sabe o que rola na moda e sabe chamar atenção. “No último ano me tornei muito mais interessada no vestir e entendi claramente a ideia de que roupa pode ser arte. Usar a moda como uma expressão pessoal pode ir além de vestir uma camiseta com slogan, vestir cria a possibilidade de evocar um sentimento, ou atmosfera, ou emoção, ou mundo”, escreveu no Style Rookie.
O frescor e o toque pessoal de Tavi e de outros pensadores online entra na contramão do time conservador. Alguns veem os blogs como um espaço onde as grandes marcas lançam seus interesses sem precisar se preocupar com o senso crítico que os jornalistas teriam e os blogueiros supostamente não, como apontou o editor do Vogue.com, Dolly Jones. “Os relações públicas plantam histórias para alguns blogueiros influentes. Há um efeito cascata. É um instrumento de venda muito potente”, comenta ao The Independent.

Fato é que a moda é dividida instantaneamente entre as pessoas na era digital, como disse a editora de moda do jornal International Herald Tribune Suzy Menkes em um vídeo que debate os fashion blogs. Os blogueiros são grandes responsáveis por essa difusão irrestrita. Entre eles, nasceu a personagem precoce que sabe a influência que tem e encabeça o time de vanguarda da próxima geração.

A questão mais curiosa que fica é: como será Tavi quando crescer?

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